sábado, 30 de maio de 2009

Corpo Delito

Do lado centro-esquerdo de meu peito está meu coração. Ele bate e então eu estou vivo. 
Tenho um rítmo acelerado, e por isso sempre confundem com nervosismo: não, é natural. 
E ele é acelerado porque, talvez, não saiba o que há de vir [Devir - uma filosofia].
E se acelera sem saber superar sensações sacanas. [S]
Meu coração bate do lado centro-esquerdo de meu peito. 
Ele quer viver sempre o máximo, e não tolera que algo passe, pois é exacerbado e empolgado. Exagerado, meu coração continua batendo e me fazendo viver. 
E eu me confundo com ele, perguntando a mim mesmo porque e até quando vou bater. 
Bato em todo canto: na esquina, nos meus pulsos, em minha cara. E depois me questiono porque fico roxo, como se fosse um idiota. 
Olho o espelho e vejo Nada. E bato no Nada, afirmando que não gosto dele. Depois beijo o Nada, e passo um pó compacto.
Quando bato em meu coração, ele bate em mim e me mostra que estou vivo.

Jesuíta Barbosa


3 comentários:

Eduardo Espíndola disse...

punhetero.

Jesuita Barbosa disse...

gostei de sua referência.
bato, bate, bater.

pois bata.

A cinza das Horas disse...

pulsante! :)