Antes de tudo, saiba que minha cama é dura e vazia.
Hoje o sol nasceu meio escurecido, como tem nascido em quase todas as minhas manhãs. Durmo até bem tarde pra perder o momento de chegada, mas não adianta - abro os olhos está ele, todo poderoso, à pino, apesar de escurecido.
Tudo se move tão rapidamente aqui perto: como um filme em preto e branco, porém sem Chaplin ou Keaton.
A comédia não vai bem nos dias de hoje.
A comédia não vai bem na minha cama e meus lençóis dão pista pra outro gênero.
Tenho assistido a filmes e relatado o roteiro deles em meus sonhos. Apesar dessa e de todas as outras tentativas, as manhãs nunca mudam.
Dizem que o sol nasce pra todos. É essa minha amargura.
Mas eu li uma matéria sobre o futuro do sol.