quinta-feira, 21 de maio de 2009

Corpos Aprisionados


O Centro de Experimentação em Movimentos propõe a dança como a possível exteriorização de sua (minha e tua) vontade, mediante a matéria ou intenção proposta. Me sinto induzido a pensar e discutir comigo mesmo o porque de estar fazendo algo: aquilo. Questiono o que posso transmitir publicamente e de que maneira oferecer isso a um publico, em geral, desconhecido.
Me invado, então, de força. Uma força que me motiva a dançar aquela dança minha, mesmo que impulsionada - transformada em algo meu, de intimidade.
Escutei hoje duas palavras que, juntas, me fazem pensar. O "Grito Calado", dito em conversa sobre intenção, se faz presente e pertinente no "Corpos. E me põe não só calado, mas amarrado, e me faz ver, à minha frente, a luta pela libertação, ainda que essa luta se faça de maneira contraditória ao que a maioria julgue correta. É como se o desejo de fulga se fizesse com o aprisionamento. Uma contradição, sim. E a guerra é travada! A guerra da vontade de lutar contra. Contra o que: escreva aqui a sua resposta. 
No decorrer, vejo a dilaceração de corpos, que antes pareciam estar condicionados ao vácuo, e brigar contra isso só faz com que aumente-o. - Quebrar algo pode ser perigoso: talvez voce se corte com os cacos que se espalham.
E se faz o inicio, e o meio e o meio. 

Um comentário:

José Ademir disse...

Talvez somos obrigados a viver aprisionados né mesmo? Pois num é isso que e insinado desde cedo pelos nossos pais, e depois e a vez do mundo da sociedade que insiste em nós manter aprisionados,a um monte de coisas e idéias fúteis sem valor sem sentido,felizes são aquele que de alguma forma romperam as muralhas das suas prisões particulares...