domingo, 21 de junho de 2009

O Amor


Por várias vezes olhei e vi a verdade. Ali estava contida uma doce vontade de chegar, estar, continuar. Um local referência para a emoção, a expressão e, de novo, a verdade. Havia verdade no olho daquele ser. Um olho de cor amarela, mas não de amarelo queimado, assado ou frito. Era amarelo daquele amarelo que é amarelo mesmo, assim, amarelo.
Vivos: o olho e a cor.
Vivo também estava o sentido cardeal norte daquele ser, apontando para um bebê em fase de crescimento. Engatinhava uma velocidade desfavorável à do olho, pois ia devagar a criança, em direção àquela pupila dilatada [estava escuro ali].
O infanto, apesar de pequeno, sabia que era o olho a sua meta. O instinto o fazia aproximar-se do amarelo. - talvez fosse a cor a causa do vislumbramento. E o olho era sim, vislubrante.
Mal sabia o neném que era a cor, o perigo.


Jesuíta Barbosa

Um comentário:

O próprio Rubéns disse...

O amor é o carinho. É o espinho que não se vê em cada flor.

É a vida quando chega sangrando aberta em pétalas de amor.

* Vinícius de moraes *