quinta-feira, 3 de junho de 2010

aurora.

O sol ainda não nasceu, mas já é bem tarde. Não cheguei em casa com luz nos olhos (graças) - odeio deitar com o dia já claro. Sinto um mal estar, alguma coisa no estômago, difícil explicar. Para me contrariar, antes daqui eu estava num lugar com muitas luzes, luzes por demais, até não dar conta. Mas não eram luzes naturais (no sentido primário da palavra), eram luzes noturnas.

Estava no palácio das luzes, onde quem brilha mais é rei. Onde o sexo é mais importante que qualquer coisa. Onde cada um procura esquecer qualquer sentimento intenso. Onde o instinto encoberto dá lugar a corpos com marcas estampadas nas vestes, balançando ao ritmo (ou não) de um som repetido.

Não me ponho fora de tudo isso, e conseqüentemente isso aqui não pode ser um julgamento.
Mas hoje, antes do sol nascer, eu me pergunto onde está a sinceridade, a casualidade, a calmaria, a beleza natural, o amor. Onde estão as pessoas que se comunicam? Que falam, conversam, trocam expressões faciais... Onde está minha infância, minha avó, e o prazer que eu tinha em comer alfinim feito por ela?

Tenho a sensação de um nó no estômago.

Carne procurando carne. E olha, presta atenção: carne gosta de consumir carne de boa qualidade ! Carne boa não gosta de se misturar com qualquer carne de quinta.

TUTS TUTS TUTS "music? music? music?"


3 comentários:

Rob Fernandez disse...

Ehhh, enfim alguma postagem ^^!

E, esse nó no estômago, esse aperto, seria causado por um vazio?
Eu sinto de vez enquando. Nunca sei do que se trata...

bjihos

Tiago Castelo disse...

Box.

[também um pouco fora dos sentidos primários]

Honório Félix disse...

Meu também soluço às vezes, quando sinto que falta preencher.