quarta-feira, 29 de julho de 2009

Surabaya




Hoje anoitece devagar demais. Venta demais. Uma sensação de fome, que não é, me consome. Um anoitecer incômodo, ao som de Surabaya Johnny, cantado nacionalmente por alguém interessado em Brecht. Vi uma passagem de "O Beijo no Asfalto" num livro e senti vontade de já ter lido. Sinto vontade de tantas letras, tantas páginas, oráculos, horóscopos, autores, magazzines, palavras-cruzadas. Só sinto vontade. Simples.
Hoje anoitece, e eu vejo o vazio que remete a discussões paranóicas como a de uma noite passada, que falava sobre metas, desejos, anseios, ingressão em faculdade, escolhas. É uma cobrança intermediária [ào] desleixo. Daí tudo acaba nesse texto sem idealização. Confuso - como o autor.
"O Beijo no Asfalto" ali do lado e eu parado numa cadeira de balanço frente a uma janela branca, projetando um muro de tijolos brancos. Aprecio a vista. "O Beijo no Asfalto" ali do lado, e Brecht fuma um cigarro vencido.
- senta aqui rapaz. - ele diz.

Um comentário:

O próprio Rubéns disse...

é necessário que haja as muitas direções para que possamos enxergar a direção que queremos, mesmo que essa não seja a direção que precisamos...


xeru na alma.